HRAC-USP Bauru

Anomalias craniofaciais

 

Além das fissuras labiopalatinas e das deficiências auditivas, o HRAC oferece atendimento para outras patologias, que podem ou não ocorrer simultaneamente com outras especialidades atendidas.

 

CRANIOSSINOSTOSE (ver mais)

A craniossinostose – também conhecida como craniostenose – é uma anormalidade congênita, isto é, que se apresenta desde o nascimento, podendo atingir 1 em cada 2.500 nascidos. Essa malformação causa alterações no formato do crânio e pode levar à hipertensão intracraniana, provocando consequências como dor de cabeça, alteração visual e prejuízo na capacidade de aprendizado.

Assim como acontece com outras condições tratadas no HRAC-USP, o processo de reabilitação de pacientes com craniossinostose também envolve a atuação de uma equipe multidisciplinar, neste caso, composta por profissionais da área médica (cirurgiões craniofaciais, neurocirurgiões e anestesiologistas), da Odontologia, da Fonoaudiologia, da Enfermagem, da Genética, da Psicologia e do Serviço Social. Veja mais informações (clique aqui)

 

SEQUÊNCIA DE PIERRE ROBIN 

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Pode-se facilmente reconhecer a Sequência de Pierre Robin (SPR) por três sinais característicos: micrognatia (queixo pequeno), glossoptose (queda da língua para trás) e fissura de palato (céu da boca aberto). A SPR ocorre em um a cada 8.500 nascidos; ocasiona dificuldade respiratória e alimentar para o recém-nascido, podendo gerar graves crises de asfixia ou levar à desnutrição. Se não socorridos rapidamente, bebês com SPR podem até mesmo correr risco de morte.

Atualmente, o HRAC possui a menor taxa de mortalidade infantil entre crianças com Sequência de Pierre Robin do mundo, graças a uma técnica desenvolvida por uma médica pediatra do HRAC, Dra. Ilza Lazarini Marques, denominada intubação nasofaríngea. Os resultados desse tratamento, realizado desde 1999, têm sido apresentados em diversas oportunidades científicas no Brasil e no exterior, fazendo com que o reconhecimento à técnica e ao tratamento oferecido pelo Hospital supere as fronteiras do país. Leia mais sobre o assunto: 

Marques, Ilza Lazarini; Salmen, Isabel Cristina Drago Marquezini. Sequência de Pierre Robin: protocolo de tratamento apresenta menor taxa de mortalidade infantil no mundo. Ciência em Foco, vol. 2 n. 6, out/dez 2012, p. 2-3.

 

SÍNDROMES

As síndromes são caracterizadas pela ocorrência de vários sinais clínicos em um só indivíduo. Dentre esses ocorrências clínicas, encontram-se as fissuras labiopalatinas, outras anomalias craniofaciais e deficiência auditiva. Assim, por exemplo, há casos de pacientes com fissuras labiopalatinas que apresentam outros comprometimentos que, após exame cuidadoso, acaba sendo classificado como síndrome. Assim, essa síndrome se soma ao quadro de fissura para o diagnóstico final. Para esses quadros sindrômicos, o Hospital oferece atendimento.

No HRAC, as síndromes são diagnosticadas pela equipe de Sindromologia, a partir do conjunto de sinais clínicos apresentados pelo paciente, e de pesquisas em literatura e softwares específicos da área. Outros exames como tomografia computadorizada de crânio, ressonância magnética, ultrassonografia, avaliações radiológicas e ecocardiograma, e o estudo laboratorial genético podem ser solicitados, quando necessário para auxiliar o diagnóstico.