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Homenagem: Zezé, 50 anos de Centrinho, 50 anos de USP!

Cinco décadas dedicadas à reabilitação e à qualidade de vida de pacientes com malformações craniofaciais, síndromes associadas e deficiência auditiva         

A educadora Maria José Monteiro Benjamin Buffa, a Zezé, completa neste dia 12 de junho 50 anos de trabalho no Centrinho-USP, dedicados à reabilitação e à qualidade de vida de pacientes com malformações craniofaciais, síndromes associadas e deficiência auditiva.

Como ingressou no Centrinho na data em que se comemora o Dia dos Namorados, Zezé costuma brincar dizendo que o Centrinho é o seu “segundo namorado” – o primeiro é o seu marido, Antonio, com quem começou a namorar em 1971.

Graduada em Educação Artística (1978) e em Pedagogia (1986), especialista em Psicopedagogia (1996), mestre (2002) e doutora (2009) em Ciências da Reabilitação, além de especialista em Neuropsicopedagogia (2019), Zezé foi incumbida de implantar o serviço de Recreação, no ano de 1974, diante da preocupação em oferecer um cuidado humanizado e da necessidade de se desenvolver atividades lúdicas e recreativas com as crianças que, na época, passavam longos períodos internadas, sem a presença de suas famílias em tempo integral no Hospital.

Zezé (segunda, à direita), em atividade na Recreação na década de 1970. Foto: Acervo USP
Crianças se apresentam na Recreação em atividade comemorativa de 13 anos do Centrinho, em 1980. Foto: Acervo USP
Crianças em atividades lúdicas desenvolvidas na Recreação, em 1987. Foto: Acervo USP

A psicopedagoga também foi uma das principais responsáveis pela implantação e esteve à frente por 25 anos do Centro Especializado no Desenvolvimento Auditivo (Cedau) – programa criado em 1990 e atualmente ligado à Seção de Implante Coclear, que visa favorecer o desenvolvimento da audição e da linguagem oral de crianças usuárias de implante coclear e outros dispositivos auditivos.

‘As crianças do Cedau adoravam ficar com marquinha de batom da Tia Zezé’, recorda a educadora. Foto: Acervo USP (2015)

“São tantas lembranças boas. Não vejo como um trabalho, mas sim como uma missão! Contribuir, juntamente com a equipe multidisciplinar, para a evolução dessas crianças e adolescentes. Muitas delas apresentam síndromes que, além de alterações na fala e audição, podem impactar no desenvolvimento intelectual e neurológico. São crianças com grandes dificuldades na comunicação, na vida escolar, e meu papel é auxiliá-las no processo de aprendizagem, da leitura e escrita. Elas são capazes de se desenvolver! Procuro todos os dias mostrar isso às crianças e às suas famílias. É muito gratificante acompanhar e observar que, ao longo do tempo, elas podem sim estar incluídas socialmente e ter uma qualidade de vida melhor”, destaca Zezé, que, desde 2016, atua junto à Seção de Psicologia.

Zezé em foto recente com o paciente Daniel, nascido com a Síndrome de Treacher Collins. Foto: Arquivo pessoal

“O Centrinho me tornou uma pessoa melhor, os pacientes e suas famílias nos ensinam muito. Fiz e faço tudo com muito amor, continuo com o pique e disposição de sempre buscar o melhor para os nossos pacientes. O sentimento é de profunda gratidão. Em primeiro lugar à Deus, pela oportunidade de estar aqui. E em segundo lugar ao Tio Gastão [José Alberto de Souza Freitas, um dos sete fundadores e superintendente do Centrinho por 45 anos e professor emérito da FOB, aposentado em 2012], por sempre ter confiado no meu trabalho e pelas missões que me deu e que consegui cumpri-las”, registra Zezé.

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Querida Zezé,

Em nome da equipe e amigos do Centrinho-USP, nossos parabéns e nosso reconhecimento por uma vida de amor e dedicação aos pacientes com malformações craniofaciais, síndromes associadas e deficiência auditiva. Sua trajetória é inspiração para todos!

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(Imagem de capa: Zezé Buffa no jardim interno do Centrinho-USP, em 2024. Foto: Tiago Rodella/USP)

Assessoria de Imprensa HRAC-USP

Assessoria de Imprensa HRAC-USP