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Pesquisa da USP Bauru é premiada em evento internacional

Fruto de estudos desenvolvidos na FOB e no HRAC, trabalho da USP Bauru foi contemplado com o Prêmio Jovem Pesquisador em congresso de audição nos Estados Unidos

A pesquisadora Gabriela Fireman Martines Dias, aluna de mestrado em Fonoaudiologia da FOB-USP e especialista em Saúde Auditiva pelo Programa de Residência Multiprofissional do HRAC-USP (2022), recebeu o “Prêmio Pesquisador em Início de Carreira ou Jovem pesquisador” (Early Investigator Awards).

O prêmio foi entregue durante o 8° Congresso Internacional de Audição por Condução Óssea e Tecnologias Relacionadas – Osseo 2023, realizado em setembro na cidade de Denver, nos Estados Unidos, e promovido pelo Departamento de Otorrinolaringologia da Universidade do Colorado.

O trabalho premiado é intitulado “Skull Simulator: Verificação dos níveis de força prescritos pela regra DSL-BC em usuários de próteses auditivas ancoradas no osso percutâneas”. Na pesquisa foram desenvolvidos testes com um moderno equipamento chamado Skull Simulator (simulador de crânio), que tem a função de melhorar a programação e adaptação de próteses auditivas ancoradas no osso, para que os pacientes tenham melhor qualidade sonora e fiquem bem adaptados com a prótese.

Também são autores do trabalho: Eduardo Boaventura Oliveira, otorrinolaringologista e membro da equipe de Implante Coclear do HRAC-USP; Elaine Cristina Moreto Paccola e Valdéia Vieira de Oliveira, fonoaudiólogas da Divisão de Saúde Auditiva e preceptoras da Residência Multiprofissional em Saúde Auditiva do HRAC-USP; e Maria Fernanda Capoani Garcia Mondelli, orientadora do trabalho e professora do Departamento de Fonoaudiologia da FOB-USP.

O Osseo é o maior e mais importante congresso em Próteses Auditivas Ancoradas no Osso do mundo, e reúne os cientistas mais renomados da área. Além da pesquisa premiada, outros cinco trabalhos que tiveram profissionais do HRAC-USP entre os autores foram apresentados no congresso.

“A pesquisa premiada foi uma continuidade do trabalho de conclusão de curso da Residência Multiprofissional em Saúde Auditiva. É importante destacar que os outros trabalhos concorrentes ao prêmio eram todos de pesquisados da Europa e dos Estados Unidos. Éramos os únicos da América Latina”, ressalta Valdéia de Oliveira, que foi coorientadora de Gabriela Fireman.

Pioneirismo e inovação
As primeiras cirurgias com próteses auditivas ancoradas no osso no Brasil foram realizadas no HRAC-USP em 1992, pelo médico otologista Orozimbo Alves Costa Filho (hoje professor hoje professor sênior da FOB), em parceria com o professor sueco Per-Ingvar Brånemark (in memoriam), precursor dos estudos da osseointegração.

Após extraordinário desenvolvimento tecnológico desses dispositivos, o HRAC-USP voltou a disponibilizar e atuar com próteses auditivas ancoradas no osso em 2014, inicialmente por meio de projetos de pesquisa, e, a partir de 2018, como política pública incorporada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ao longo desses anos, mais de 125 próteses auditivas ancoradas no osso já foram implantadas pela equipe do HRAC-USP.

 

Com informações da Assessoria de Comunicação da PUSP-B

 

(Imagem de capa: As pesquisadores Valdéia Vieira de Oliveira, fonoaudióloga e preceptora da Residência Multiprofissional em Saúde Auditiva do HRAC-USP, e Gabriela Fireman, mestranda da FOB-USP. Foto: Divulgação)

 

Assessoria de Imprensa HRAC-USP

Assessoria de Imprensa HRAC-USP