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HRAC/Centrinho completa 56 anos de atividades

24 de junho também é o Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina, que visa contribuir para a disseminação de informações, a sensibilização da sociedade e a redução do preconceito

O Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) da Universidade de São Paulo (USP) em Bauru completa, neste sábado, 24 de junho, 56 anos de atividades.

Fundado em 1967 e pioneiro em suas áreas de atuação, o HRAC-USP é referência mundial no tratamento e pesquisa das anomalias craniofaciais congênitas, síndromes associadas e deficiência auditiva.

Reconhecida como Hospital de Ensino pelos Ministérios da Saúde e da Educação desde 2005, a instituição tem dado importante contribuição para a formação e especialização de recursos humanos altamente qualificados para a área da saúde, com mais de 2 mil mestres, doutores, especialistas e outros profissionais titulados, do Brasil e do exterior.

Registrando mais de 128 mil pacientes já atendidos de todos os Estados do país, o HRAC-USP foi elegido, em 2021, Centro de Liderança em Fissuras Labiopalatinas pela Smile Train, a maior organização do mundo na área, servindo como núcleo para o treinamento profissional em fissuras e como modelo para outros centros de tratamento.

Com atuação acadêmica ligada à USP, conta atualmente com cerca de 500 estudantes matriculados em cursos de pós-graduação stricto sensu – mestrado e doutorado -, além de pós-doutorado, e em cursos lato sensu e de extensão – especializações, residências médicas e multiprofissionais, práticas profissionalizantes, atualização, aperfeiçoamento, difusão e formação, todos gratuitos.

O HRAC-USP mantém 39 convênios de cooperação acadêmica nacionais e internacionais vigentes, com participação de seus membros em projetos e grupos de pesquisa em parceria com renomadas universidades e institutos do exterior. Sua equipe também é responsável por expressiva produção científica, com centenas de trabalhos publicados anualmente no Brasil e em diversos países.

“Pesquisas e trabalhos inovadores desenvolvidos pela equipe do HRAC-USP ao longo dessas cinco décadas contribuíram para a formulação de políticas públicas, a descoberta de síndrome rara, o desenvolvimento de novos aparelhos e próteses e o aperfeiçoamento de protocolos de tratamento. Isto não é pouco, e a implantação da futura Faculdade de Medicina de Bauru da USP deverá elevar ainda mais o nome de Bauru no cenário científico nacional e internacional”, ressalta o professor Carlos Ferreira dos Santos, superintendente do HRAC-USP e vice-diretor da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP), que abriga temporariamente o Curso de Medicina.

A partir de agosto de 2022, o HRAC-USP passou a integrar o complexo do Hospital das Clínicas de Bauru (HCB), unidade sob gestão da Organização Social de Saúde FAEPA e cujas atividades de assistência são atribuição da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP).

Criança com fissura labiopalatina atendida no HRAC. Foto: Daniela Falasca/Acervo HRAC

Dia de conscientização
Em 24 de junho também é comemorado o Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina (instituído pela Lei Nº 14.404, de 11 de julho de 2022) e o Dia Municipal da Pessoa com Fissura Labiopalatina (Lei Nº 6.849, de 29 de setembro de 2016), dia escolhido justamente em razão da data de fundação do HRAC-USP, pioneiro nesta área no Brasil.

O principal objetivo é contribuir para a disseminação de informações, a sensibilização da sociedade e a redução do preconceito em relação às pessoas que nascem com esta condição.

A fissura labiopalatina é uma malformação com incidência em uma a cada 650 crianças nascidas. Ela é caracterizada por problemas na formação da face do futuro bebê nas primeiras semanas de gestação, podendo envolver, de maneira isolada ou associada, o lábio, a gengiva e o palato (céu da boca), e trazer implicações estéticas, funcionais e psicossociais.

Dependendo do tipo de fissura, sem o devido tratamento e acompanhamento especializado, o indivíduo pode apresentar dificuldades na alimentação; alterações nos dentes, na mordida e no crescimento craniofacial; distúrbios no desenvolvimento da fala e da audição; além de reflexos na autoestima e inserção social.

 

(Imagem de capa: Fachada do HRAC. Foto: Cecília Bastos/USP Imagem)

Assessoria de Imprensa HRAC-USP

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