(Português do Brasil) Congresso na USP em Bauru discutirá as melhores práticas no tratamento da fissura labiopalatina
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Organizado pelo HRAC/Centrinho-USP em parceria com a Smile Train, o evento científico será realizado nos dias 21 e 22 de fevereiro e reunirá especialistas que são lideranças mundiais na área, dos Estados Unidos, Países Baixos e Brasil
O campus de Bauru da Universidade de São Paulo (USP) sediará, nos dias 21 e 22 de fevereiro, o congresso internacional Total Cleft Care – 2ª Edição, que tem como temática central as melhores práticas para a reparação do palato (céu da boca) e a disfunção velofaríngea (VPI, na sigla em inglês), com ênfase em técnicas avançadas e inovações na área.
Organizado pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho-USP), referência mundial e centro de liderança na pesquisa e tratamento da fissura labiopalatina – que integra o complexo do Hospital das Clínicas de Bauru (HC Bauru) -, e pela Smile Train, a maior organização do mundo focada em fissuras labiopalatinas, com apoio da Faculdade de Medicina de Bauru (FMBRU-USP), o evento reunirá especialistas que são lideranças mundiais na área.
O congresso será uma oportunidade para cirurgiões, fonoaudiólogos, ortodontistas e pós-graduandos – incluindo especialistas em cirurgia plástica, otorrinolaringologia e cirurgia bucomaxilofacial – se atualizarem sobre as mais avançadas abordagens de reparação do palato e VPI.
Entre os profissionais que compartilharão seus conhecimentos, estão: Nivaldo Alonso, coordenador de Cirurgia Craniofacial do HRAC-USP/HC Bauru e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), da capital; e Cristiano Tonello, cirurgião craniofacial do HRAC-USP/HC Bauru e professor da FMBRU-USP, que coordenam esta segunda edição do congresso; além de especialistas de destaque como a fonoaudióloga Catherine Crowley (Estados Unidos) e os cirurgiões plásticos Corstiaan Breugem (Países Baixos), Larry Hollier (Estados Unidos, presidente do Conselho Médico Consultivo global da Smile Train) e Robert Mann (Estados Unidos).
Padrões de qualidade e políticas no tratamento global de fissuras; barreiras e recursos para fornecer fala de alta qualidade em fissura palatina; bloqueios nervosos, recursos de ultrassom e anestesia para cirurgias de fissura; e novas tecnologias para o ensino do tratamento cirúrgico de fissuras (realidade virtual, realidade aumentada e simulação) são alguns dos temas que serão discutidos.
A programação também incluirá demonstrações ao vivo e atividades práticas das técnicas de Furlow com o uso de óculos de realidade virtual, no workshop Smile Train, em parceria com a BioDigital, além de sessões hands-on, nas quais os participantes terão a oportunidade de realizar dissecções de palato em cadáveres.
As inscrições para o Total Cleft Care – 2ª Edição estão abertas e as vagas são limitadas a 150 participantes. O valor da inscrição varia de R$ 100,00 a R$ 400,00, conforme a categoria. Programação completa, formulário de inscrição e mais informações no site hrac.usp.br/eventos.
As palestras e demais atividades do congresso serão realizadas no campus da USP em Bauru (localizado na Alameda Dr. Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75, Vila Universitária), nos seguintes locais: Auditório Profa. Dra. Maria Cecília Bevilacqua – Bloco Didático 3 da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP), Pós-Graduação do HRAC-USP e Centro de Educação e Capacitação em Saúde (CECS) da USP Bauru.
Qualidade do cuidado e conhecimento
“A USP e seus Hospitais Universitários associados, como centros de liderança, têm a missão de formar e capacitar médicos, outros profissionais de saúde, especialistas e pesquisadores, mas é por meio das atividades de extensão centradas na atenção à saúde em todas as suas dimensões e da integração dessas atividades com a pesquisa e inovação que essas Instituições exercem um importante papel crítico para aperfeiçoar as práticas clínicas e acadêmicas. Com expoentes do estudo, do diagnóstico, do tratamento e da reabilitação das anomalias craniofaciais, este Congresso vem contribuir para elevar a qualidade do cuidado e o conhecimento na área”, destaca o professor José Sebastião dos Santos, superintendente do HRAC-USP e diretor da FMBRU-USP.
Já o professor da FMBRU-USP e cirurgião craniofacial Cristiano Tonello destaca que “se na primeira edição do Total Cleft Care, em 2023, a proposta foi abordar e revisar todos os procedimentos fundamentais realizados na reconstrução do lábio e do palato, do nascimento até a idade adulta, este ano o foco será nas melhores práticas para a reparação do palato e a disfunção velofaríngea (VPI), com o diferencial das atividades práticas e o uso de realidade virtual”.
“Esse evento representa uma grande oportunidade para o aprimoramento das práticas clínicas e o avanço no tratamento de fissuras labiopalatinas. A Smile Train, como apoiadora, reafirma seu compromisso com a capacitação de profissionais e o acesso a tratamentos de alta qualidade para crianças e adultos afetados por essas condições no Brasil e no mundo”, afirma Mariane Goes, diretora de Treinamento e Educação da Smile Train para a América Latina e Caribe.
Comemorando 26 anos de atuação e mais de 65 mil cirurgias no Brasil, a Smile Train tem sido pioneira na introdução de tecnologias para capacitar profissionais de saúde locais em mais de 70 países, oferecendo não apenas cirurgias de fissuras, mas também um atendimento multidisciplinar completo. Desde 1999, a organização já realizou mais de 2 milhões de cirurgias em todo o mundo, mudando a vida de milhares de crianças. Saiba mais em smiletrainbrasil.com.
Integram o Comitê Científico do Total Cleft Care – 2ª Edição a professora Maria Inês Pegoraro-Krook, do Departamento de Fonoaudiologia da FOB-USP e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação do HRAC-USP; a fonoaudióloga Melissa Zattoni Antoneli e o médico anestesiologista Luciano Brandão Machado, ambos do HRAC-USP/HC Bauru.
Fissura labiopalatina e disfunção velofaríngea
A fissura labiopalatina tem incidência em uma a cada 650 crianças nascidas vivas e ocorre quando há problemas na formação da face do futuro bebê, ainda nas primeiras semanas de gestação. Essa condição congênita pode trazer impactos tanto estéticos quanto funcionais, como dificuldades na alimentação, alterações nos dentes e na mordida, comprometimento no crescimento da face e no desenvolvimento da fala e audição, além de implicações emocionais e sociais. O tratamento multidisciplinar, quando iniciado precocemente, permite que a criança tenha um melhor desenvolvimento e qualidade de vida. Já a disfunção velofaríngea, condição frequente em pessoas nascidas com fissura labiopalatina, é a incapacidade de fechamento do espaço velofaríngeo, comprometendo a fala.
Serviço
Total Cleft Care – II Edition: Best Practices in Palate Repair and Velopharyngeal Dysfunction (Cuidado Total em Fissura – 2ª Edição: Melhores práticas em reparo do palato e disfunção velofaríngea)
Quando: 21 e 22 de fevereiro de 2025
Onde: Campus da USP em Bauru (localizado na Alameda Dr. Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75, Vila Universitária)
Público-alvo: Cirurgiões, fonoaudiólogos, ortodontistas e pós-graduandos, incluindo especialistas em cirurgia plástica, otorrinolaringologia e cirurgia bucomaxilofacial
Programação completa, inscrições e mais informações: site hrac.usp.br/eventos
(Imagem de capa: Os professores Cristiano Tonello e Nivaldo Alonso, coordenadores do congresso, durante cirurgia craniofacial realizada no HRAC-USP/HC Bauru. Foto: Denise Guimarães/USP)