HRAC-USP Bauru
Disciplinas • Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação

Embriologia, Etiologia, Epidemiologia e Prevenção das Fissuras Orofaciais • HRB4094

 

DOCENTE RESPONSÁVEL:

Lucimara Teixeira das Neves

 

NÚMERO DE CRÉDITOS: 4

 

CARGA HORÁRIA:

Teórica
(por semana)
Prática
(por semana)
Estudos
(por semana)
Duração Total
8h 1h 1h 6 semanas 60h

OBJETIVOS:

A disciplina tem por finalidades:

1) apresentar, dentro das teorias mais aceitas sobre crescimento e desenvolvimento craniofacial pré-natal, a época e o mecanismo de formação e coalescência dos processos faciais com ênfase nas discussões acerca dos mecanismos de formação do terço médio da face; 
2) analisar, fundamentado na literatura atual, os fatores genéticos e ambientais envolvidos na ocorrência das fissuras orofacias. Destacando especialmente os genes candidatos e sua relação com os possíveis fatores ambientais na etiologia das malformações craniofaciais. Além disso tem por objetivo discutir os dados epidemiológicos atuais sobre as fissuras labiopalatinas; 
3) oferecer conhecimentos que permitam ao pós-graduando a competente análise dos diferentes fatores que concorrem para a ocorrência das malformações e a discussão acerca das possibilidades de ação preventiva. 

 

JUSTIFICATIVA:

O conhecimento dos aspectos embriológicos, etiológicos e epidemiológicos relacionados às fissuras orofaciais são indispensáveis nas diferentes áreas de estudo dessas malformações, principalmente considerando as variações populacionais e os programas preventivos de vigilância.

O conhecimento sobre a embriologia da face é essencial para correta compreensão dos mecanismos biológicos e moleculares que podem levar a ocorrência das fissuras e para a discussão dos fatores etiológicos que cercam essa anomalia.

A disciplina deve ser considerada como pré-requisito para o estudo das fissuras orofaciais e de seus efeitos em qualquer contexto do processo de reabilitador. 

 

CONTEÚDO:

Desenvolvimento Craniofacial no período embrionário e fetal com ênfase no desenvolvimento do terço médio da face
Formação mandibular e maxilar
Palatogênese 
Deficiência na coalescência e/ou fusão dos processos faciais embrionários 
Deficiência na coalescência e/ou fusão dos processos palatinos 

Discussão da “classificação das fissuras labiopalatinas” com base na embriologia 
Conceitos e princípios básicos de epidemiologia 
Os principais registros de malformações congênitas e sua eficácia 
Incidência e prevalência das malformações na população 

Etiologia das fissuras: Fissuras sindrômicas e não sindrômicas 
Fatores genéticos na etiologia das fissuras orofaciais 
Fatores ambientais na etiologia das fissuras orofaciais (teratogênese)  

Prevenção das malformações craniofaciais 

 

BIBLIOGRAFIA:

Freitas JA, das Neves LT, de Almeida AL, et al. Rehabilitative treatment of cleft lip and palate: experience of the Hospital for Rehabilitation of Craniofacial Anomalies/USP (HRAC/USP)–Part 1: overall aspects. J Appl Oral Sci. 2012 Feb;20(1):9-15.

Eppley BL, Van Aalst JA, Robey A, Havlik RJ, Sadove AM. The spectrum of orofacial clefting. Plast Reconstr Surg 2005; 115(7):101-4.
Jugessur A, Murray JC. Orofacial clefting: recent insights into a complex trait. Curr Opin Genet Dev 2005; 15(3):270-8.

Kousa YA, Schutte BC. Kousa YA, Schutte BC.Toward an orofacial gene regulatory network. Dev Dyn. 2016 Mar;245(3):220-32.

Olasoji HO, Ukiri OE, Yahaya A. Incidence and aetiology of oral clefts: a review. Afr J Med Sci 2005; 34(1):1-7.

Rice DP. Craniofacial anomalies: from development to molecular pathogenesis. Curr Mol Med 2005; 5(7):699-722.

Holzinger ER, Li Q, Parker MM et al. Analysis of sequence data to identify potential risk variants for oral clefts in multiplex families. Mol Genet Genomic Med. 2017 Aug 9;5(5):570-579.

Silva Filho OG, Freitas JAS. Caracterização morfológica e origem embriológica. In: Trindade IEK, Silva Filho OG (coord.). Fissuras labiopalatinas: uma abordagem interdisciplinar. São Paulo: Editora Santos, 2007. p. 17-49.

Suga M, Hayashi Y, Furue MK. In vitro models of cranial neural crest development toward toxicity tests: frog, mouse, and human. Oral Dis. 2016 Jun 14. doi: 10.1111/odi.12523.

Sadler T.W. Embriologia Médica. Editora Lippincott, 2015.

Suzuki A, Sangani DR, Ansari A, Iwata J. Molecular mechanisms of midfacial developmental defects. Dev Dyn. 2016 Mar;245(3):276-93.

World Health Organization. Global strategies to reduce the health-care burden of craniofacial anomalies: report of who meetings on International colaborative research on craniofacial anomalies.Geneva: Who Graphics; 2002.

World Health Organization. Addresing the global challenges of craniofacial anomalies. Geneva: report of a who meetings on international collaborative research on craniofacial anomalies. Geneva: Who Graphics; 2004.

Vieira AR. Unraveling human cleft lip and palate research. J Dent Res. 2008 Feb;87(2):119-25.

 

 

<<< voltar para o índice de Disciplinas