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(Português do Brasil) HRAC-USP participa de estudo internacional sobre a covid-19 e a segurança em cirurgias

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Artigo publicado em 09/03/2021 conclui que, sempre que possível, a cirurgia deve ser adiada por pelo menos sete semanas após a infecção pelo novo coronavírus

O Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) da USP em Bauru participa de uma plataforma de estudos com o objetivo de compreender o impacto da covid-19 em pacientes cirúrgicos e serviços, realizados por um grupo colaborador internacional. Chamada CovidSurg Collaborative, a iniciativa é liderada por pesquisadores da Universidade de Birmingham (Inglaterra).

Foto: Reprodução

No dia 09/03/2021, um artigo científico resultante dessa colaboração internacional publicado na revista Anaesthesia – principal periódico da área de Anestesiologia do mundo – concluiu que, sempre que possível, a cirurgia deve ser adiada por pelo menos sete semanas após a infecção por SARS-CoV-2 (novo coronavírus). O estudo envolveu dados de 140.231 pacientes, 1.674 hospitais e 116 países.

O objetivo foi determinar a duração ideal do atraso planejado antes da cirurgia em pacientes que tiveram infecção por SARS-CoV-2. O estudo incluiu pacientes submetidos a cirurgia eletiva ou de emergência durante o mês de outubro de 2020. Os resultados apontaram ainda que pacientes com sintomas contínuos por sete semanas ou mais a partir do diagnóstico podem se beneficiar de um adiamento maior. O título do artigo é “Momento da cirurgia após infecção por SARS-CoV-2: Um estudo de coorte prospectivo internacional”, e está disponível em http://associationofanaesthetists-publications.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/anae.15458.

Os pesquisadores do HRAC-USP participantes são os professores Carlos Ferreira dos Santos, superintendente do HRAC-USP, diretor da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP) e coordenador do Laboratório de Farmacologia; Nivaldo Alonso, chefe técnico da Seção de Cirurgia Craniofacial do HRAC-USP e docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), da capital; e Cristiano Tonello, chefe técnico do Departamento Hospitalar do HRAC-USP e docente do Curso de Medicina da FOB-USP.

Para Carlos Ferreira dos Santos, “essa importante colaboração à ciência e à qualidade e segurança da assistência aos pacientes só foi possível graças à expertise cirúrgica da equipe do HRAC-USP aliada à estrutura aperfeiçoada durante a pandemia, que possibilitou a realização de testes RT-PCR em tempo real para diagnóstico molecular da covid-19 no Laboratório de Farmacologia da FOB-USP”.

“Os resultados demonstram o melhor momento para cirurgias eletivas após episódio de infecção por covid-19, quanto à segurança para o paciente. Outros trabalhos desse nosso grupo de pesquisadores deverão ser publicados ao longo dos próximos meses. Trata-se de um dos maiores e mais abrangentes estudos de cirurgia em tempos de pandemia do mundo”, destaca Nivaldo Alonso.

Já Cristiano Tonello pontua que o assunto é de extrema importância para a segurança de pacientes positivos para covid-19 que serão submetidos a cirurgias. “O estudo comparou pacientes cirúrgicos com infecção pré-operatória por SARS-CoV-2 com aqueles sem infecção prévia. E apontou risco aumentado, por exemplo, para complicações pulmonares após a cirurgia naqueles com infecção prévia”, conclui.

A plataforma que reúne os dados e informações sobre a iniciativa pode ser acessada em http://globalsurg.org/covidsurg/.

 

(Imagem de capa: Cirurgia plástica realizada no Centro Cirúrgico do HRAC-USP. Foto: André Boro, HRAC-USP)

Assessoria de Imprensa HRAC-USP

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